Os produtos das abelhas
Nos últimos anos tem-se notado um maior interesse em todo o mundo por todos os produtos das abelhas, não somente o mel, mas também pelos demais produtos que as abelhas nos podem fornecer. Este interesse justifica-se pelo facto dos produtos das abelhas terem propriedades medicinais e nutritivas incomparáveis. As pesquisas têm demonstrado a ação farmacológica dos produtos da colmeia no organismo humano, comprovando cientificamente o que já se sabia desde os primórdios na prática. |
Mel
O mel é um alimento consumido e conhecido há mais de 200 mil anos pelo homem, rodeado de misticismos, lendas e crenças. Através dos tempos, o mel sempre foi considerado um produto especial, utilizado pelo homem desde os tempos mais remotos. Evidências do seu uso pelo ser humano aparecem desde a Pré-história, com inúmeras referências em pinturas rupestres e em manuscritos e pinturas do antigo Egito, Grécia e Roma. O mel é o único produto doce que contém proteínas e diversos sais minerais e vitaminas essenciais à nossa saúde. Além do alto valor energético, possui conhecidas propriedades medicinais, sendo um alimento de reconhecida ação antibacteriana.


Geleia real
A geleia real é um produto natural, produzido pelas abelhas jovens para alimentar a rainha. Contém notáveis quantidades de proteínas, lípidos, hidratos de carbono, vitaminas, hormonas, enzimas, substâncias minerais, fatores vitais específicos, substâncias biocatalizadoras nos processos de regeneração das células, desenvolvendo uma importante ação fisiológica. Não se conhece na biologia e medicina, outra substância com semelhante efeito sobre o crescimento, longevidade e reprodução das espécies. As indicações do uso da geleia real são descritas da seguinte forma: "É um estimulante biológico com ação energética e regeneradora do organismo". Recomenda-se em casos de cansaço, astenia, falta de apetite, nos estados de esgotamento físico e nervoso, transtornos de comportamento, de adaptação social e escolar (rendimento psíquico baixo), nos jovens durante o período de puberdade e adolescência, assim como se recomenda como tónico geral nas doenças com evolução crónica, anemia, anorexia e outros. Não apresenta efeito secundário, portanto, não tem contra indicações. |
Própolis
Do grego "pró" = posição em frente, anterior, antecipado, a favor de; "polis", de poli = cidade. Portanto, própolis pode ser definida como “defesa da cidade”. Contudo, a própolis trata-se de uma série de substâncias resinosas e balsâmicas produzidas pelas abelhas para fechar a colmeia e protegê-la do frio e chuva, da invasão de insetos e roedores. As substâncias da própolis são produzidas com matéria-prima retirada de plantas, principalmente de flores e de cascas de determinadas árvores. A própolis é uma resina aromática que se parece com cimento: uma substância muito dura e de ligamento. A própolis é muito utilizada como medicamento popular no tratamento de várias doenças. A sua principal função é a de fortalecimento do sistema imunológico, atuando na prevenção — e, em alguns casos, na cura — de diversas doenças. |



Cera
A cera é composta por ácido cítrico e palmítico, é isolante elétrico, funde a 63/64 graus centígrados, amolece a partir dos 35 graus e tem densidade próxima da água.
É solúvel em gorduras, azeites, benzina, éter e clorofórmio. É muito maleável e utilizada para laminação de cera alveolada e utilizada para determinar a posição em que as abelhas deverão fundar os favos no interior das colmeias. É utilizada no fabrico de medicamentos, cosméticos, depilação, etc…
Pólen
O pólen é o conjunto dos minúsculos grãos produzidos pelas flores, é uma das matérias primas utilizadas pelas abelhas para o fabrico do mel e para alimentar as novas gerações de abelhas.
O pólen tem uma grande quantidade de proteína (cerca de 35%) na sua composição, pelo que pode ser um bom complemento para quem tem uma alimentação vegetariana ou macrobiótica. Contém ainda uma grande variedade de aminoácidos, entre os quais se destacam: Triptofano, Metionina, Histidina, Leutina, Isoleudina, Treonina, Fenilalanina; contém igualmente Ácido glutâmico, Arginina, Cisteína, Lisina, etc.

Apitoxina
O veneno de abelha pode ser considerado letal para o homem se aplicado em grandes quantidades.
O também conhecido como apitoxina, ou mais vulgarmente veneno da abelha, é produzido em glândulas que se encontram no abdómen das abelhas e introduzido no corpo por meio do ferrão que a abelha deposita na sua vítima. As reações contra o veneno são variadas e podem até levar à morte, dependendo da sensibilidade da vítima. O veneno é uma substância química formada por água e aminoácidos, açúcares, histamina, entre outros.
A apitoxina é recomendada para tratamentos humanos, mas faltam estudos sobre o assunto, pois este requer um estudo em laboratórios muito avançados. A utilização da apitoxina é antiga e vem desde a época em que havia falta de tecnologia, existindo então mais pessoas que levavam uma picada de abelha e não tinham problemas como reumatismo. A picada natural da abelha é um método muito usado por acupunturistas, mas também é recomendada em tratamentos como os de artrite, nervite, traumas, cicatrizes, tendinite, bursite, inflamações comuns, doenças oftalmológicas ou até mesmo em casos de esclerose múltipla.